Aqueles que estudam um pouco
sobre arte e fotografia, e mesmo aqueles que se aventuram em buscas pela
Internet, já devem ter se deparado com o termo “Proporção Áurea”. Pois bem, ela é recorrente em obras de
pintores renascentistas, e ganhou grande notoriedade no livro, e filme, Código
Da Vinci. Certamente Leonardo (Da Vinci), foi um dos grandes entusiastas da
equação, o que deu às suas obras grande diferenciação artística. Outra
revelação do filme à grande massa foi a “Sequência de Fibonacci”, onde a soma
dos números anteriores geram o próximo, representando o crescimento orgânico
(0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34...), ou seja, a expressão máxima da harmonia.
Bem, passado o parágrafo de
introdução, vamos ao que realmente interessa a nós fotógrafos sem nenhuma
vocação para a matemática ou biologia. O número áureo, arredondado em 1,618, e
a sequência de Fibonacci, originam uma figura chamada de retângulo áureo (isso
mesmo, tudo áureo), encontrado como forte influência em vários ícones da
humanidade. Só para citar alguns, o Parthenon possui em seu frontão um
triângulo baseado nessa fórmula, e a pirâmide egípcia de Quéops, também.
Pesquisadores e cientistas ao longo de séculos já encontraram a proporção no
corpo humano, em plantas, insetos, e na cultura de diversos povos influenciando
até mesmo a música, estando presente nas 5ª e 9ª sinfonias de Beethoven.
Então, meu amigo, ao longo dos
tempos, a proporção áurea foi considerada por grandes gênios das artes como o
caminho mais próximo para a perfeição divina, e ainda hoje é utilizada por
designers para definir layouts, por exemplo, de Ipods, Imacs, e até mesmo de
páginas na Internet, como o próprio Twitter.
Mas não confunda a Proporção
Áurea com a Regra dos Terços, são coisas diferentes. Na prática a regra dos
terços acaba sendo mais fácil de aplicar, pois as interseções da grade são
idênticas tanto na horizontal, quanto na vertical, dividindo igualmente a
imagem. Já a grade para se chegar mais próximo da Proporção Áurea seria algo
parecido com aquela dos terços, porém, um pouco mais achatada, sendo bem
simplista, claro. Ambas, podem levar seu trabalho a um resultado muito melhor
em termos técnicos, e suavizar bastante sua composição, basta pensar no assunto
principal encaixado nas linhas de alguma maneira, dando movimento, balanceando
a imagem, ou dirigindo o olhar do leitor. Parece fácil, não é?
Mas, lembre-se que na fotografia
as regras estão aí para serem utilizadas com refino técnico e artístico, ou
simplesmente, ignoradas sem cerimônia. O perfil estilístico de sua obra autoral
é você quem define, redefine, altera, ignora, e assim por diante, afinal, é
difícil ditar regras em uma arte tão livre. Porém, não custa nada saber mais e
ter em seu repertório esse tipo de conhecimento, pois na imagem isso refletirá
de alguma forma, e é disso que se trata afinal. :)
Muitooo legalll!!! ;)
ResponderExcluirAdorei o texto: simples, objetivo e cheio de arte!
ResponderExcluirMuito bom!!!
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